sexta-feira, 27 de março de 2015

YVONNE DO AMARAL PEREIRA - Costureira e médium brasileira

Yvonne do Amaral Pereira, foi uma costureira  e médium brasileira, nascida em Valença,Rio de Janeiro em 24 de dezembro de 1900, e falecida em 9 de março de 1984.
Yvonne do Amaral Pereira foi uma das mais respeitadas médiuns brasileiras, autora de romances psicografados bastante conhecidos entre os espíritas. Dedicou-se por muitos anos à   desobsessão e ao receituário mediúnico homeopático.
Filha de Manuel José Pereira Filho, um pequeno comerciante, e de Elizabeth do Amaral, foi a primeira dos seis filhos do casal. A mãe já havia tido um filho de seu primeiro casamento.
Recém nascida, com apenas 29 dias, teve um acesso de tosse que a sufocou, deixando-a em estado de catalepsia, em que se manteve por seis horas. O médico e o  farmacêutico da localidade chegaram a atestar o óbito por sufocação. A familia preparou o corpo do bebê para o velório, colocando-lhe um vestido branco e azul, adornando-a com uma grinalda, enquanto aguardava o pequeno caixão branco de praxe. Nesse momento, sua mãe retirou-se para o interior da residência da família para orar.  Momentos depois, a bebê acordou, chorando.
Yvonne cresceu numa família espírita. O pai enfrentou a falência comercial por três vezes. Posteriormente viria a tornar-se funcionário público, cargo que ocupou até o fim da vida, em 1935. Era comum a família abrigar pessoas necessitadas, vivência que, segundo Yvonne, marcara sua vida para sempre.
Com quatro anos de idade, a menina já dizia ver e ouvir espíritos, os quais, segundo ela, considerava como pessoas normais. Dois dos amigos invisíveis apareciam com mais frequëncia;
Charles a que ela considerava seu verdadeiro pai, devido a lembrança que teria de uma reencarnação anterior em que a entidade teria sido o seu pai.
Roberto de Canalejas que teria sido o médico espanhol a meados do século XIX.

As visões lhe perturbavam e vinham junto com uma imensa saudade do que seria uma encarnação anterior, na Espanha, que, dizia, recordava com clareza. Considerava seus atuais familiares, principalmente o pai e os irmãos, como pessoas estranhas, assim como estranhava a casa e a cidade onde morava. Em razão desses conflitos, até os dez anos de idade passou a maior parte do tempo na casa da avó paterna.
Aos oito anos de idade, a menina viveu novo episódio de catalepsia. Certa noite, durante o sono, percebeu-se diante de uma imagem do Senhor dos Passos pedindo socorro, pois sofria muito. A imagem, então, animando-se, dirigiu-lhe as palavras: vem comigo minha filha: será o único recurso que terás para suportar os sofrimentos que te esperam. A menina aceitando a mão que lhe era estendida pela imagem, subiu os degraus do altar, e não se lembrou de mais nada.
Nessa idade teve o primeiro contato com um livro espírita. Posteriormente, aos doze anos, ganhou de presente do pai  O Evangelho segundo o Espiritismo e o Livro dos Espiritos. Aos treze anos de idade começou a frequentar sessões práticas de Espiritismo.
Yvonne teve como estudos apenas o antigo curso primário(atual primeiro segmento do ensino fundamental). Devidos as dificuldades financeiras da família não conseguiu prosseguir nos estudos. Para auxiliar a família, e o próprio sustento, dedicou-se à costura e ao bordado, e ao artesanato de rendas e flôres. Tendo cultivado desde a infância o estudo e a leitura, completou  sua formação como autodidata, pela leitura de livro e periódicos. Aos dezesseis anos já tina lido obras clássicas de Goethe, Bernardo Guimarães, José de Alencar, Alexandre Herculano, Arthur Conan Doyle e outros.

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